Um belo Natal em Belém do Pará



Visitamos a charmosa cidade de Belém quando fomos passar o Natal com um casal de queridos amigos e família,  que moram no Pará há muitos anos. Mesmo com alguns lugares fechados tivemos a oportunidade de conhecer aspectos da capital através do olhar de seus moradores, que nos levaram ao centro da cidade, na Praça da República, para apreciarmos a arte e a arquitetura colonial da primeira cidade colonizada pelos portugueses na Amazônia, em 1616. 


Os prédios históricos muito bem preservados exibem além dos traços da arquitetura  colonial portuguesa nos casarões e nas igrejas, retratam o  período de plenitude durante o período da borracha, que no início do século XX, com a chegada de inúmeras família europeias transformaram a cidade, tornando-a conhecida Paris na América.


Nas últimas duas décadas, Belém passou por um forte movimento de verticalização, mas procura preservar muito bem o seu centro histórico. Exemplo disso é o elegantíssimo Teatro da Paz, construído em estilo neoclássico e inaugurado em 15 de fevereiro de 1878, que foi palco de inúmeras apresentações de óperas, com os melhores músicos e cantores líricos da Europa. 

Veja a biografia de Carlos Gomes

Por exemplo, foi em Belém que o maior músico brasileiro do século XIX, Carlos Gomes, dirigiu o Conservatório de Música e recebeu inúmeras honrarias antes de sua morte, nesta terra paraense. Carlos Gomes encenou no Teatro da Paz a sua mais famosa ópera, O Guarani.


Não foi possível visitar o interior do Teatro da Paz, mas a imponência de sua arquitetura dá a dimensão do valor de sua arte e história, considerado pelo IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) como um teatro-monumento.

Depois fomos visitar a Estação das Docas, que é um dos espaços que mais refletem a região amazônica. Referência nacional, o complexo turístico e cultural congrega gastronomia, cultura, moda e eventos nos 500 metros de orla fluvial do antigo porto de Belém. São 32 mil metros quadrados divididos em três armazéns e um terminal de passageiros. Nesse espaço maravilhoso degustamos alguns pratos típicos da culinária paraense.

Partindo do restaurante da Estação das Docas, onde também compramos algumas recordações do artesanato local, fomos passear na Praça Batista Campos, um belíssimo e imenso espaço verde preserva o “charme europeu” da época de sua estruturação e que recebeu o "Prêmio 100 Mais Brasil", da Revista Seleções, como a mais bela praça do país.



Nossos amigos também nos levaram para conhecer o Mercado Ver-o-Peso, um dos mercados públicos mais antigos do país, localizado às margens da baía do Guajará e considerado uma das maravilhas do estado. Foi eleito uma das 7 Maravilhas do Brasil por ser um dos mercados mais antigos do Brasil. 

 Aproveitamos para apreciar o artesanato e a infinidade de cores e sabores. Local indicado para degustar os sucos das frutas típicas da região, como, açaí, ingá, graviola, abricó, bacabá, taperebá-do-sertão, goiaba, jaca, tamarindo, sapoti, carambola, mari-mari, , biribá, acerola, caju, camu-camu, etc.


Perto do mercado “Ver-o-Peso” está a Praça Siqueira Campos ou Praça do Relógio, que é um logradouro público. Conhecida por abrigar um enorme relógio inglês em seu centro.

Nos encantamos também ao visitar o Espaço São José Liberto ou Polo Joalheiro, no antigo convento de São José, construído em 1749 pelos frades capuchos da Piedade, para promover as missões de evangelização em território brasileiro. Atualmente abriga setores criativos e categorias culturais, como patrimônio, expressões culturais, artes de espetáculo, criações culturais e funcionais. 


A "Casa do Artesão", o Museu de Gemas do Pará; o Anfiteatro Coliseu das Artes; o Memorial da Cela; e o Jardim da Liberdade são espaços que merecem ser apreciados, tanto pela arquitetura, arte e história, quanto pelos produtos de qualidade que o turista pode encontrar.

Museu de Gemas do Pará



O Museu Paraense Emílio Goeldi é uma das metas de uma próxima viagem, assim como desejamos participar da famosa e maior procissão católica do planeta, o Círio de Nazaré, maravilhosamente descrita por nossos amigos, com quem tivemos o prazer de conviver por alguns dias, no aconchego familiar.

Curiosidades:

Belém em hebraico quer dizer “casa do pão”, mas a cidade inicialmente foi um pequeno lugarejo conhecido por Mairi, moradia dos índios Tupinambás e Pacajás, comandados pelo cacique Guaimiaba (que posteriormente virariam escravos durante a colonização).

A cidade exerce significativa influência como metrópole regional, influenciando mais de oito milhões de pessoas nos estados do Pará, Amapá e parte do Maranhão, seja do ponto de vista cultural, econômico ou político.


                                            Belém do Pará Amazônia Brasil - 400 Anos 

Fontes:

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