New York no nosso tour "On the road EUA e Canada"



Chegamos a Nova Iorque em plena sexta-feira e como em todas as grandes metrópoles o trânsito estava caótico.  Tínhamos reservado um pequeno apartamento pelo Airbnb, no Brooklyn, pois nosso objetivo era viver por alguns dias como moradores da cidade, pegando o Metrô, passeando a pé pelos diferentes bairros, sem pressa, no nosso jeito, “slow tourism”.


Eu era a única do grupo que ainda não conhecia a cidade, fiquei impressionada com a suntuosidade dos prédios e me invadiu aquela sensação de estar dentro do cenário de algum filme hollywoodiano, um daqueles que povoaram o imaginário desde a infância.

A Ponte de Brooklyn


Deixamos as malas na nossa nova casa, o carro estacionado e partimos para a descoberta do bairro, seguindo para a estação do Metrô, onde compramos o bilhete semanal, sugerido pela funcionária. Depois fomos diretamente para a Ponte de Brooklyn, que é um símbolo histórico de Nova York e uma parte fundamental da cidade, uma das mais antigas pontes de suspensão nos Estados Unidos, com extensão de quase 2 km (1 834 m). Situada sobre o rio East, ligando os distritos de Manhattan e Brooklyn é realmente um dos principais cartões postais da cidade e atravessá-la a pé, apreciando sua arquitetura e o skyline de Manhattan é fantástico.


O café da manhã

Quase todas as manhãs nós tomávamos o café em um pequeno restaurante, próximo ao nosso apartamento, bem no estilo americano, porque viajar também é mergulhar nos hábitos gastronômicos do país visitado. No cardápio uma variedade de panquecas, de waffles clássicos,  torradas, bagels (salgados) ou donuts (doces), acompanhados por imensas canecas de café. Depois pegávamos o ônibus e/ou o metrô, para as diferentes regiões da cidade.

Empire State Building
Um dos primeiros destinos foi o centro da cidade, na Empire State Building, localizada na Quinta Avenida, entre as ruas 33ª e 34ª Oeste, para ver a cidade do alto de seus 102 andares. Emocionante!



A Catedral de São Patrício também está localizada na Quinta Avenida, então fomos visitá-la e aproveitar para agradecer as emoções vividas nesses últimos dias. É uma igreja muito bonita, um templo católico de estilo neogótico, próximo ao Rockefeller Center.



O Rockefeller Center ou também Rockefeller Plaza, é um complexo de 19 edifícios comerciais que ocupam uma área de 89 000 m² entre as ruas 48th e 51st na Cidade de Nova Iorque. Construído pela família Rockefeller, está localizado no centro de Midtown Manhattan. No seu interior estão localizados os estúdios televisivos da NBC, restaurantes, lojas, jardins e muito mais, como por exemplo, um dos pontos mais bonitos de observação da cidade, no 70º andar. No inverno a sua praça se transforma numa pista de patinagem no gelo.



 Central Park - Depois de viver o ritmo frenético do centro da cidade nos dirigimos ao Central Park, outro maravilhoso cenário cinematográfico para mais de 300 filmes, um oásis dentro da grande floresta de arranha-céus existente na cidade.


O parque foi projetado pelos arquitetos e paisagistas, Frederick Law Olmsted e Calvert Vaux, que distribuíram lagos artificiais, com belas pontes, estátuas e espaços acolhedores, em uma área verde de 3,41 quilômetros quadrados. Emocionante ver o espaço com o nome da música mais famosa do Beatle, Immagine, nesse lindo mosaico dedicado a John Lennon e Yoko. Ao lado do Central Park é possível ver o prédio onde o casal morou, perto do famoso Hotel Plaza.


Times Square – O cruzamento do Mundo

Ao anoitecer fomos até a praça “Times Square”, um dos lugares mais visitados de Manhattan, também denominado “The Crossroads of the World”, ou seja, “O Cruzamento do Mundo”. Uma praça de cimento, cercada por dezenas de painéis publicitários, telas LED brilhantes e muitos personagens peculiares. Sentar nas suas escadas vermelhas, relaxar e curtir a fauna humana que por ali desfila, sentindo o pulsar da frenética Nova York dando seu espetáculo é uma atividade que reúne turistas de todo o mundo, especialmente para aqueles de primeira viagem, como eu.





Para aqueles que gostam de diversão, curtir shows, teatros ou musicais a Brodway é destino obrigatório e está a poucas quadras da Times Square.

 Museus
MoMa

Aproveitamos também para visitar os museus que guardam a história da cidade e da arte como o MoMA, New Museum e o Metropolitan. Não tivemos tempo para conhecer os estádios, que são quase um templo para os americanos, como os consagrados Madison Square Garden e o Yankee Stadium.

Statue of Liberty, Ellis Island e Immigration Museum

Vista do skyline de Nova York em Ellis Island


Um dos passeios mais interessantes que fizemos foi até a “Statue of Liberty, Ellis Island e Immigration Museum”.
O Museu da Imigração se encontra na ilha em frente a “Battery Park”, que se chama Ellis Island. Mais de 12 milhões de imigrantes provenientes de todas as partes do mundo passaram nessa ilha com a esperança de uma nova vida na América. Nesse museu estão registros dessas histórias, desde os primeiros imigrantes até os nossos dias.

A ilha foi adquirida pelo Governo em 1808 com a intenção de construir um forte para proteger a cidade da invasão inglesa, mas nunca foi utilizada para esse fim. Em 1892 a ilha foi designada como principal estação para receber a imigração, somente em 1900 foram inaugurados os edifícios em pedra, que receberam 2.251 imigrantes no primeiro dia.

Quando chegamos em “Ellis Island” nos sentimos transportados aos dias em que os imigrantes chegaram aos EUA. É possível encontrar a história visitando os três andares plenos de fotos, objetos e mostras interativas. Tudo organizado para homenagear os diferentes países de proveniência das pessoas que atravessaram todo o tipo de intempéries para buscar uma vida melhor, tem áudios em 9 línguas e inclusive com versão infantil, em 5 línguas.

Porta America
Entre as numerosas mostras, a “Porta da América”, que mostra os procedimentos que os imigrantes faziam antes de obter a autorização de ingresso. Milhões de cidadãos americanos podem encontrar suas raízes no Museu de Ellis, localizado ao lado da Estátua da Liberdade.


Memorial 11/9
É o monumento dedicado às vítimas do ataque ao World Trade Center, em 2001, mas também para recordar o atentado de 26 de fevereiro de 1993. O monumento é aberto, gratuitamente, ao público desde 11 de setembro de 2011, mas quem quiser pode fazer doações.


Foram quase três mil vítimas que perderam a vida durante os ataques às torres gêmeas do  “World Trade Center”, seus nomes estão gravados no bronze de duas grandes piscinas, circundadas por 400 árvores, que constituem o ponto central do monumento.

O projeto é do arquiteto Michael Arad, que colaborou com o prestigioso estúdio de arquitetura paisagística, Peter Walker and Partners.

One World Trade Center (World Trade Center 1), mais conhecido simplesmente como WTC 1 e anteriormente conhecido como Freedom Tower (em português: Torre da Liberdade), é o edifício principal do novo complexo do World Trade Center em Lower Manhattan.


Harlem, muito famoso, principalmente pela violência no passado, hoje é um bairro renovado, conhecido por clubes de jazz intimistas, instituições de soul, “food” e herança afro-americana. A região atrai uma multidão diversificada de moradores e visitantes. Restaurantes badalados, casas noturnas elegantes e bares descolados compõem uma vida noturna animada. A área apresenta uma mistura de construções de arenito do século 19 e predios modernos.

No Harlem também estão localizadas muitas igrejas batistas, com seus memoráveis corais gospel. Mas alguns cuidados são necessários, não é possível entrar com blusas de mangas curtas, bermudas e bolsas, também não é possível fazer fotos, filmagens ou registros com celulares.

Nós escolhemos a missa na “The Abyssinian Baptist Church”, mas como tínhamos bolsas, tivemos que nos dividir na programação, os maridos optaram por ficar com nossas bolsas e nós duas entramos para assistir a missa.  Saímos na metade do culto para que eles pudessem entrar e assistir a segunda parte, mas já estavam muito satisfeitos, tomando cerveja e curtindo uma bela música jazz, em um dos belos bares bairro, o “Harlem Nights Bar” e ali concluímos maravilhosamente em estilo “afro - soul – jazz” a nossa noitada.

Outro restaurante imperdível no Harlem, para quem não é vegetariano, é o “Dinosaur Bar-B-Que”, perto do Rio Hudson, com uma atmosfera festiva e comida deliciosa. Servem porções grandes do verdadeiro churrasco americano, que dá para várias pessoas. Recomendamos reservar porque é muito frequentado pelos habitantes locais, com poucos turistas. 

ONU


Organização das Nações Unidas, ou simplesmente Nações Unidas, é uma organização intergovernamental criada para promover a cooperação internacional, que nasceu oficialmente a 24 de Outubro de 1945, data em que a sua Carta foi ratificada pela maioria dos 51 Estados Membros fundadores. Atualmente tem 193 Estados Membros. O dia é agora anualmente celebrado em todo o mundo.

A sede das Nações Unidas fica em Manhattan, o terreno e os edifícios são território internacional.

É possível fazer um tour guiado pelos bastidores da sede da ONU, um passeio rico culturalmente e  interessante. Nós não conseguimos realizá-lo, infelizmente.

Queensborough Bridge e The Roosevelt Island Tramway
Inúmeras são as pontes em Nova York, com diferentes estilos arquitetônicos e de engenharia. Queensboro Bridge, também conhecida como 59th Street Bridge, é uma ponte com dois andares que liga a ilha de Manhattan ao subúrbio do Queens, atravessando o rio East.


Essa ponte nos reportou imediatamente ao filme do grande Woody Allen, “Manhattan”, sentados naquele banco mostrado no filme, curtindo o momento e lembrando as cenas em preto e branco. Para entrarmos ainda mais no clima colocamos no celular uma música de George Gershwin, Rapsody in blue, para depois ouvirmos a versão de rock – blues de Summertime, na voz inesquecível de Janes Joplin. A paisagem é linda, o entardecer torna a vista muito romântica e inspiradora. Fizemos nossas fotos e voltamos à realidade com o movimento do teleférico, que passa ao lado da ponte, “The Roosevelt Island Tramway”.

Uma visão inusitada, um teleférico quase colado à ponte, que atravessa o East River e conecta a ilha de Roosevelt ao Upper East Side de Manhattan. Esse é o primeiro bonde aéreo da América do Norte, inaugurado em 1976. 


O tempo passa rapidamente e quando vivemos dias felizes eles parecem voar, nossos amigos deveriam voltar para a Itália, era nosso último dia na aventura #ontheroad nos Estados Unidos e Canadá. Resolvemos almoçar no Hard Rock Cafe New York, mergulhados no mundo do Rock, circundados por guitarras, fotos, roupas e objetos dos maiores roqueiros de todos os tempos, nada mal para nós quatro, apaixonados por música.



Algumas coisas que fazemos na vida nos deixam saudades a partir do exato momento que as concluímos, como quando terminamos um livro que adoramos ler, quando nos despedimos de quem queremos bem ou quando terminamos uma aventura como essa. Nos perguntamos, e agora? Como preencher aquele doce vazio da experiência vivida? Planejar outras, obviamente, mas enquanto não é possível, que tal rever as fotos, ler as anotações feitas na viagem ou, quem sabe, escrever um blog como este? 

Viaggiandante - EUA e Canada on the road!


Agosto de 2017

Comentários

  1. ADOREI Tua Ideia ERE.
    Como não conheço a América do Norte
    Fiz Um Belo Passeio. Obrigada!
    E Sonhei....
    Um Dia quem sabe poderei Fazer um
    Tour com Vocês em Algum Lugar deste
    Mundo Maravilhoso e, Sempre, Atraente para quem gosta de Viajar.
    Beijos LIBERDADE.

    ResponderExcluir

Postar um comentário

Postagens mais visitadas deste blog

Doces dos mortos, uma tradição céltica na Europa

Entre Relíquia e Controvérsia: O Santo Sudário e a Basílica de Superga

A Europa vai de bicicleta