Milão (Milano) é uma cidade culta, charmosa e animada


Milão impressiona porque é uma cidade culta, moderna e animada, rica em beleza e obras artísticas. Uma metrópole pequena se a compararmos com outras no mundo, o que a torna ainda mais fascinante.


Pela população, Milão é a segunda maior cidade italiana, com 1 308 735 habitantes, e a terceira maior área metropolitana da União Europeia. Seus habitantes são referidos como "milanesi" ("milaneses" em italiano), ou, informalmente, como meneghini ou ambrosiani.


Na esfera cultural, Milão é o principal centro editorial italiano e está no topo do circuito mundial de música, graças à temporada de ópera Teatro alla Scala e sua longa tradição de ópera. É também um dos principais centros de feiras e projetos industriais da Europa e é considerada uma das capitais mundiais da moda e do design.

Sem esquecer que em 2015 hospedou a Expo - Exposição Universal, e juntamente com a cidade de Cortina d'Ampezzo, sediará os XXV Jogos Olímpicos de Inverno em 2026.

A Catredral – “il Duomo di Milano”


O símbolo da cidade é a sua belíssima Catedral gótica, “il Duomo di Milano”,  com sua fachada de mármore candoglia brilhante e arquitetura gótica tardia. Desde o seu cume, parando aos pés da famosa Madonnina, se pode desfrutar de uma vista única de toda a cidade, dominada pelos 135 pináculos da igreja apontados para o céu.


Imperdível passear no terraço panorâmico da Catedral para apreciar a vista de Milão em 360 graus e ver de perto a estátua dourada da Nossa Senhora, carinhosamente chamada de “Madonnina”.


Palácio Real
No coração da cidade fica o Palácio Real, que abriga em seus salões históricos, muitas exposições importantes de arte.

Museu dos Novecentos
"Quarto Stato", de Pellizza di Volpedo
Próximo à catedral e ao Palácio Real está o “Museo del Novecento”, que abriga as obras do século XX, como a famosa obra "Quarto Stato", de Pellizza di Volpedo.

"Galleria Vittorio Emanuele II"


Nas proximidades, existe outro símbolo da cidade: a “Galleria Vittorio Emanuele II”, conhecida como o “salão de Milão”, é uma galeria coberta em forma de cruz, que abriga restaurantes históricos, bares e lojas da moda. Famosa por sua arquitetura, pela beleza de seus pisos de mosaico e pelos telhados de vidro.

“Teatro alla Scala”


Em uma das saídas da “Galleria Vittorio Emanuele II” nos deparamos com a estátua de Leonardo da Vinci, que parece indicar um dos teatros mais importantes do mundo, o “Teatro alla Scala”, palco das grandes óperas. O Teatro foi construído por determinação da imperatriz Maria Teresa da Áustria, para substituir o Teatro Regio Ducale, destruído por um incêndio em 1776, devendo seu nome à igreja de Santa Maria alla Scala que antes se erguia no local.

A tradição teatral de Milão também é encontrada em outros teatros espalhados nesta magnífica cidade, desde o “Teatro del Piccolo”, fundado em 1947, até o Teatro da Europa e o “Teatro degli Arcimboldi”, considerado o lar do cabaré.

Castelo Sforza



O Castelo Sforza, construído em meados do século XIV para fins defensivos, hoje transformado em uma galeria de imagens com obras de arte únicas, como a Pietà Rondanini, de Michelangelo, é um tesouro da história e tesouros artísticos.

Dos pátios do castelo, você pode caminhar até o Parque Sempione, cujos 47 hectares, dispostos como um jardim inglês, monumentos e edifícios históricos, incluindo o Arco della Pace (1807) - um imponente edifício neoclássico - e o Palazzo dell'Arte, onde está instalada a Triennale, com exposições de arte moderna e coleções de design.


Brera
No lado oposto do parque, Milão se apresenta com um dos bairros mais bonitos da cidade, Brera, animado por inúmeros restaurantes, bares, antiquários e lojas características. Ponto de encontro de artistas e jovens universitários, pois é onde se localiza a Universidade e a Pinacoteca de Brera, que abriga uma das coleções de arte mais importantes do país. Entre os autores presentes: Rafael, Andrea Mantegna, Piero della Francesca e Caravaggio.

Navigli
Outro bairro histórico da cidade e ponto de encontro de jovens e artistas é o bairro “Navigli”, uma área portuária até o século XIX, caracterizada por lojas de artesãos e artistas.


Hoje é, sem dúvida, um dos bairros mais divertidos de Milão. É alternativo e descolado, onde todas as tribos são bem-vindas.


Igrejas

Relevante na "capital do norte" é o aspecto religioso. A cidade abriga muitas igrejas históricas de particular valor artístico. Estes incluem a Basílica de Sant'Ambrogio, uma das igrejas mais antigas da cidade, construída no século IV e um arquétipo da arquitetura românica da Lombardia. De grande importância artística é a igreja de Santa Maria delle Grazie, na qual, entre 1495 e 1497, Leonardo da Vinci pintou a famosa Última Ceia. Uma obra-prima que pode ser admirada marcando a visita com bastante antecedência, pela internet.
Finalmente, a Basílica de San Lorenzo, um antigo edifício de culto cristão, localizado perto de Porta Ticinese e caracterizado pelas colunas romanas de mesmo nome, que ao longo do tempo se tornaram o ponto de encontro dos jovens milaneses e de sua vida noturna brilhante.

Expo e Jogos de Inverno
Sem esquece que em 2015, Milão sediou a Expo – Exposição Universal e que, juntamente com a cidade de Cortina d'Ampezzo, sediará os XXV Jogos Olímpicos de Inverno em 2026.

Praça Gae Aulenti - uma praça futurista

No caminho entre o centro histórico e os distritos financeiros, a Praça Gae Aulenti e os edifícios que a rodeiam são o resultado do projeto de reabilitação dos bairros de Garibaldi, Isola e Varesine. O complexo urbanístico é obra do arquiteto Cesar Pelli e ao redor da Praça há vários edifícios com um design surpreendente. O mais impressionante é a Unicredit Tower que, com uma altura de 231 metros, se tornou o arranha-céu mais alto da Itália.


Outro dos pontos que mais chamam a atenção é O Bosque Vertical, um complexo de duas torres cobertas com 2.000 espécies de plantas.


 A praça está conectada através de uma passarela de pedestres com o Corso Como, uma das ruas mais animadas de Milão. Conta com diversas lojas, restaurantes e bares.
Ao cair da noite, começa um espetáculo de água, luz e som e se ativa o Solar Tree, um sistema de luzes que utiliza energia solar para iluminar a praça.

Fizemos um vídeo para homenagear a cidade que amamos:



Em poucas palavras a imensa história de uma cidade

Milano (Milão), inicialmente Medhelan, fundada pelo povo celta, em 590 A.C., foi invadida pelos romanos no ano de 222 d.C., que a chamaram de Mediolanum. Com o passar dos séculos viu crescer sua importância até se tornar a capital do Império romano do Ocidente, período em que o imperador Constantino emanou o “Editto di Milano”, em 313 D.C., que concedeu a todos os cidadãos a liberdade de honrar a própria divindade.

Durante sua história foi governada por nobres e senhores no período medieval, para depois continuar como centro da vida política e cultural da Itália renascentista. Posteriormente, no início do século XVI, perdeu sua independência em favor do Império Espanhol e passou, quase dois séculos depois, sob a coroa austríaca, quando se tornou um dos principais centros do Iluminismo italiano.
Mais tarde, como principal centro econômico e financeiro da península italiana, Milão, orientou seu desenvolvimento industrial, constituindo o "Triângulo Industrial" com Turim e Gênova, especialmente durante os anos do boom econômico em que o crescimento industrial e urbano também envolveu as cidades vizinhas, criando a grande área metropolitana de Milão.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Doces dos mortos, uma tradição céltica na Europa

Entre Relíquia e Controvérsia: O Santo Sudário e a Basílica de Superga

A Europa vai de bicicleta